Tenho uma amiga muito generosa. Tudo o que ganha de forma inesperada acaba por partilhar. Sério. Ela adora dar presentes e mimar os amigos. Nunca conheci ninguém como ela. Acho impressionante a sua forma de ser. Nos tempos que correm, onde a ganância predomina, não é comum alguém gostar tanto de partilhar. Ela dá sem pedir em trocar, sem cobrar. Não é aquilo que dá que merece ser destacado, é mesmo a enorme generosidade que carrega. É a sua maior qualidade. Acho admirável. Eu dou-lhe o que tenho de melhor, a minha fidelidade e amizade.
A depressão existe. O julgamento da sociedade em relação a esta doença também. Acham estranho alguém sentir-se triste depois de ter um filho. Acham estranho alguém ter vontade de morrer. Acham estranho isto e aquilo. Eu sei porque acham estranho. Para além de pouca empatia, têm pouco conhecimento e experiência de vida. Felizmente, existem pessoas como eu. Entendo, sem julgar.
Nunca pensei ficar triste com a morte de um cão, mas fiquei. No final, tudo se resume à importância que as pessoas têm para nós. O que é importante para ti, é para mim, porque és importante.
Quando o encontro é necessário, a necessidade encontra forma de colocar duas pessoas no mesmo espaço. Caso contrário, o encontro não passa de um esforçO para conviver e receber prendas na altura do natal.
Fiz um bolo, coloquei debaixo do bolo o bilhete com o anúncio. Quem cortasse a fatia certa saberia a novidade em primeira mão. Foi um momento giro. A minha casa estava cheia de alegria. Adoro os meus amigos.
Tenho uma amiga que inventa desculpas pelos outros. Ela é super positiva, para eu não ficar triste com alguma acção menos porreira de outra pessoa, consegue criar várias situações. "Ela não fez isto porque deve ter tido febre amarela", "Se calhar achou que tu não querias", "Se calhar tinha a mãe doente e não conseguiu desmarcar"... Adoro. Quero-a sempre por perto.
Mais difícil do que estar nos maus momentos é sem dúvida estar presente nos melhores momentos. Não me venham com aquela história do "é nos maus momentos que se vê quem são os verdadeiros amigos". As pessoas não sabem lidar com a felicidade alheia. Não sabem ouvir. Não sabem abraçar. Não sabem aplaudir sem esperar a queda.