O avô do Gustavo acorda cedo para se despedir dele. Sem necessidade. O miúdo vai cheio de sono ao meu colo. Mas ele só se sente bem se acordar e disser adeus ao neto. Hoje, ele não acordou para se despedir do neto. Fui bater à porta. Ele dormia. Quieto. Muito quieto para o meu gosto. "Zé, vai ver se ele está bem". O Zé chamou. Nada. O Zé abanou-o. Nada. Uns segundos para ele se mexer. Segundos que pareceram horas. Um susto. Só mais um no meio de tantos outros. 87 anos não é para todos.