Muda tanta coisa
“Com o surgimento do primeiro bebé, além da desestruturação física e emocional, torna-se evidente a perda dos espaços de identificação: ausentamo-nos do trabalho, do estudo,deixamos de frequentar os espaços de lazer, ficamos submersas em uma rotina aflitiva, sempre à disposição das demandas do bebé; cada vez menos pessoas nos visitam e, sobretudo, temos a sensação de estar “perdendo o trem”, de ter ficado fora do mundo. A vida quotidiana é passada entre quatro paredes, pois sair com um bebé muito pequeno é quase sempre desanimador. Somos puérperas durante um período que dura, em minha opinião, muito mais do que os famosos quarenta dias.”“A chegada de um primeiro filho produz nas mulheres uma perda de identidade semelhante, embora parir não seja exatamente como mudar de país: é mudar para outro planeta!”
Pequenos excertos do livro interessante que ando a ler sobre a maternidade. “A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra” de Laura Gutman. O livro não é vendido em Portugal, só no Brasil. Facilmente é encontrado em e-book com uma pesquisa no Google. Vale muito a pena. Foi-me recomendado por uma pessoa entendida no assunto, formada em amamentação e aleitamento.