A chucha

Na lista de coisas a levar para o hospital no dia do parto estava o seguinte item: duas chuchas. Achei estranho mas meti duas chuchas na mala. No hospital, depois do parto, não vi uma chucha. Nada de nada. As enfermeiras não perguntaram pela chucha, ninguém lhe espetou uma chucha nos dias que lá estivemos. Não dei uso. Quando cheguei a casa, muita gente me perguntou se ele gostava de chuchar. Eu disse que não sabia, ainda não tinha experimentado. E estava reticente em relação a isso. Não queria dar-lhe chucha e depender desse pequeno objecto sempre que começasse a chorar.
No dia que a enfermeira esteve cá em casa a fazer o teste do pezinho, ela falou-me na chucha e no prazer que o bebé tem no acto de chuchar. Para além de o ajudar a aliviar as cólicas. Nesse caso, tinha motivos suficientes para dar-lhe a chucha. Foi o que fiz. Eu só quero o melhor para ele e se dizem que a chucha é amiga, eu sou amiga da chucha. Assim como a amamentação. Se é bom para ele, também é para mim.
Como o Gustavo é menino de mama, a chucha ainda não é a sua melhor amiga. Mil vezes a mama. Mete mil vezes nisso. acho que ele nem sabe chuchar naquele pedaço de borracha. Normalmente faz cara feia quando lhe dou a chucha e só ao fim de algumas tentativas é que ele a aceita. Para logo a deixar cair.