O amor, sempre o amor
Queria escrever sobre a teoria em que mostra que o amor não existe. Uma teoria que ninguém aceitaria. Acharia descabido. Queria escrever várias linhas para vos convencer que o amor é fruto do racional e não vem do coração. Ninguém leria o raio do texto porque seria enorme. Queria convencer-vos que não passa tudo das nossas cabeças e que os filmes de Hollywood ajudaram para alimentar, nós, os pobres ignorantes. Queria escrever que temos de deixar essas lamechices, que acabamos sempre por levar com os pés. Que acabamos sempre por ouvir palavras que nos fazem feridas mais profundas que uma bala. Queria escrever tanta coisa sobre este tema, mas vou ali fumar um cigarro para a varanda e calar-me antes que destrua corações mais sensiveis. Não quero ser culpada, mas depois não digam que não tentei avisar. Vá, vai lá ouvir a tua música lamechas e estúpidamente romântica enquanto choras por um homem que nem sequer te dá metade do que mereces.
Eu fui fumar. Ela foi meter-se no quarto a chorar. Pobre miúda.