Eu, à porta, do prédio. Vizinha olha para mim, fecha a porta e segue a sua vida. Eu fico de boca aberta, tiro a chave da mala e sigo a minha vida. Obrigada querida. Mais tarde, gritos no andar de cima. Parece que alguém vai morrer. Começo a ficar irritada mas não tenho outro remédio se não ouvir a discussão. Entretanto, calço os chinelos felpudos, começo a dançar cheia de alegria e vou à janela gritar: oh mulher, arrebita e deixa-te de choradeiras. Mentira, não fiz nada disto.