Não quero que os meus livros fiquem no top dez de nenhuma livraria. Não quero que os meus livros se vendam apenas no dia a seguir à apresentação do mesmo. Nem quero que sejam os amigos a comprar só para me fazerem o favorzinho e  dizer que está muito giro sem os ler. Quero estar no primeiro lugar do Mundo inteiro e ser lida por miúdas, miúdos, adultos, velhotes no lar, senhores da fama, senhoras comuns, bonitas, belas, com sonhos. Quero ver o Cristiano com o meu livro na mão. Ele nunca foi visto a ler um livro, pois não? Quero ser adorada pelos personagens divertidos que consegui criar, sem autógrafos ou fama fugaz. Estou a preparar um plano de publicidade por conta própria. Sem ter de me despir ou andar a sortear perfumes. Quero que o meu livro seja traduzido em várias línguas, oferecer caixotes com livros e ensinar as crianças das ruas tristes a ler. Não quero o Nobel, nem prémios. Quero fazer rir, chorar, apaixonar e seduzir. A capa era para ser uma foto minha a morder um livro dentro de uma banheira, seria a vampira azul. Não posso, ia afastar as mulheres. Ia contra aquilo que me pedi para cumprir. As mulheres comandam o Mundo, sabiam? Se elas gostarem, o Mundo inteiro vai gostar. As mulheres conseguem contagiar paixões. Mover Mundos. Fazer vender milhões. O Cristiano também. Quero percorrer o Mundo, contar o quanto sonhei com letras e mostrar aquilo que já sei desde sempre: Eu nasci para escrever e depois morrer.