Na verdade
Na verdade, não consigo dizer-te isto a ti. Aliás, já tentei de todas as formas mas acabamos sempre a discutir ou contigo a dizer: "Percebes tudo mal, estás a exagerar ou não penses demasiado no assunto. " Até pode ser mas estes assuntos não me deixam dormir e fazem-me ficar triste. Desorientada. Ora, vamos por partes. Tu não me apresentas aos teus pais. Fizeste questão de conhecer a minha familia e lá começaste a frequentar a minha casa. Senão passavamos o tempo todo no carro ou sentados numa esplanada. Passei por cima das regras da minha mãe para aceitarem o nosso namoro. Depois de tudo o que passei, quando terminei o meu antigo relacionamento. No inicio querias aprensetar-me os teus pais e eu nunca quis. É verdade. Era cedo e tinha saido de uma relação recentemente. Só que agora, não fazes questão de nada. Ora me dizes que queres que lá vá almoçar no Domingo, como depois já nem tocas no assunto. Vais de férias uma semana para o Norte e não meteste a hipotese de me convidar. Sim, combinámos outra coisa mas podiamos descombinar e levares-me contigo. Para me teres perto de ti. Faz-me impressão que me digas que me amas tanto e depois os teus actos dizem o contrário. É como quando eu choro e tu me dizes " não vale a pena chorares". Se não queres uma relação a sério diz-me. Eu salto fora. É bonito dizeres-me que me amas. Só que preciso de sentir. Preciso. Preciso de ir ver o jogo do Benfica contigo e os teus amigos. Preciso de conhecer a tua familia. Preciso de andar na tua terra de mão dada contigo.
Ou então não preciso disto para nada. Penso eu, que preciso.