Em menos e doze meses o Gustavo teve duas educadoras, vai conhecer a terceira em Setembro, depois das férias grandes. Não gosto muito da ideia de ele andar sempre a trocar de educadora. Ele estranha, deixa-o inseguro nos primeiros dias. Para além disso fico apreensiva em relação à personalidade da nova educadora. Vou reunir-me com ela dia 17 de Agosto. Já andava a questionar toda a gente com filhos naquele infantário. Ninguém sabia dizer-me nada em concreto. Ontem, em conversa com a Daniela (mana mais nova), fiquei a saber que a nova educadora " é meiga, muito querida, foi minha educadora, gosto muito dela!". Um alivio para este coração.
Eu não vejo um fardo quando olho para o meu filho. Apesar do cansaço. Das noites mal dormidas. Convidaram-me para ir passar uma semana longe dele, numa casa de praia mas recusei. Só se ele fosse comigo. Não digo que não preciso de um dia de vez em quando para mim, mas eu só me sinto bem perto dele. De vez em quando tiro um dia só para mim sem remorsos. A saúde mental é muito importante. Também não tenho ninguém, para além do pai, para ficar com ele. Habituei-me a fazer tudo com ele. E quando não dá, não vou.
O olhar de pena, a surpresa quando digo que foi planeado, os cochichos. As perguntas indirectas. O tremique dos lábios quando não conseguem fazer a pergunta.
Eu não gosto de cães. E tenho medo da maioria, mesmo que me digam "não morde". Só gosto da Daikiri, pronto. E da Diana. A Daikiri é a cadela da best friend. Ontem fomos jantar a casa dela para conhecer melhor a casa, para jantarmos juntas e para conhecer a cadela. Estava curiosa com a reacção do Gustavo. Passa os dia a dizer "au au" sempre ouve ou vê um cão. Apesar de mostrar receio parece que gosta. Quando viu a Daikiri, quis subir para o meu colo. Sempre que ela chegava perto ele fechava os olhos na esperança de desaparecer por um momento. Não achou assim tanta graça...Dizia "au, au", apontava mas poucas festas. Poucas confianças. Será que os nossos medos passam para os nossos filhos? Espero que não.
- Habituei-o a dormir comigo e agora está a ser complicado ele dormir sozinho na cama dele. Acorda algumas vezes e não me larga um minuto.
- Estas mães de hoje em dia...
Tudo vai mudar na próxima semana. Vou aplicar uma técnica, vou conseguir, não vou vacilar. É agora ou nunca. Preparem-se para um futuro relato de uma mãe que tenta meter o seu filho de 17 meses a dormir sozinho e a largar a cama da mãe.
Vai dizer ao meu filho que não deve beber água da piscina. E da banheira. Vai dizer ao meu filho que fica giro de cachecol no inverno. Vai dizer ao meu filho para usar óculos de sol porque fica fofo e protegido do sol. Vai dizer ao meu filho que não deve dormir abraçado a uma bola.
A preocupação de serem as primeiras a terem conhecimento da gravidez. Se digo a esta e não mandei mensagem àquela. Isso realmente interessa? Quando contei a uma pessoa, por acaso vive com outra, estava a contar que falassem. Não estava nada à espera de tomarem como uma ofensa. "Mas não me contou, nem uma mensagem". Pior é saberem da noticia e nem sequer "parabéns" por pirraça.
A mulher vem com uma história da treta para cima. Infelizmente, conheço-a. Foi na minha cozinha com um olhar triste, de vitima. Esquece-se que estou um passo à frente e sei o outro da história. Sei tudo. A verdade descobre-se, meu bem. Mais cedo ou mais tarde. Uma vez tive um blog sem dar a conhecer o meu nome. Enquanto não descobriram que era eu não descansaram. Também facilitei. Muito. Nunca subestimei a inteligência dos outros, sabia que mais cedo ou mais tarde iam descobrir. Está encerrado, privado, não procurem, não vale a pena. Tudo bem. Normalmente assumo aquilo que escrevo ou digo, em todas as redes sociais. Vem, pergunta, eu digo "é para ti!". Sem medos, porque na verdade não tenho medo de ninguém. Também sei que existem pessoas más nesta vida, capazes de tudo, de perseguir até à exaustão. Esteve quase a acontecer comigo, regularmente acontece. A mesma pessoa aqui. Mas eu sei quem é, o IP diz-me que é das ilhas. E das ilhas só pode ser a mesma pessoa. Chataaaaa! Mas isto tudo para dizer que não sou ingénua, percebo as indirectas e quase todas as suas acções, aprendi com ela, e se está a pensar que ainda estou na quarta classe eu já tirei o curso quase todo, só me falta aprender a dizer "lamento, tenho pena de ti".