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Segundo os números, existe um milhão de obesos em Portugal. Fazendo contas, subtraindo números, a única mulher real em Portugal é a Jessica Ataíde. Ok, ela e as suas amigas. O resto tem peso a mais ou peso a menos. Aliás, eu sou uma árvore. Pouco real é a nova cara da Renee Zellweger (a Bridget Jones). Presumo, que o próximo livro lançado pela autora dos livros Diários de Bridget Jones seja intitulado: Querido, leram-me o diário, tive de mudar de identidade.
Os blogues foram à SIC Mulher. Parece que criar um blogue com intuito de ganhar coisas é coisa para o blogue não ter sucesso. Ganhar coisas = ter sucesso. Parece que quem tem um blogue e o actualiza faz um enorme sacrifício e trabalha imenso. Então, e aquela parte dos blogues serem um escape? Querido, mudaram o objectivo dos blogues e ninguém sabe para que serve. Dão-se formações sobre o assunto. Cursos! Pagos! Posso fazer isso de borla. Leiam o meu blogue todo, vão ficar a saber o que não fazer para ter um blogue de sucesso.
Com isto vou. Estou cansada.
O Gustavo foi ontem para o berçário. Totalmente recuperado. Eu regressei ao emprego, farta de estar em casa. Parece mentira, mas eu gosto de trabalhar e da rotina semanal. Assim como adoro os fins-de-semana. Pronto, gosto dos dias todos. Se ele não tivesse recuperado teria de recorrer à baixa por acompanhamento. Paga a 65% a partir do terceiro dia. Ir para o centro de saúde, esperar, esperar, esperar por um médico de recurso, regressar a casa, ir à SS, entregar papéis no emprego. Tanta complicação, tanta chatice, tantos papéis. No berçário, queriam outro papel para aceitar o meu filho. Oi?! Um papel do médico a dizer que ele estava bem. Esteve dois dias em casa, ir para o centro de saúde só por causa de um papel em como ele não está mal da barriga e a vomitar? Tanta complicação. Na reunião, falaram-me em oito dias corridos em casa. Lá ficou, pedi para fazer sopa de dieta. A meio da manhã liguei para a educadora. Está tudo bem. Comeu, está animado. Tirou fotografias, foi lá o fotógrafo. Soube que se portou lindamente e nunca chorou. Pudera, ele adora tirar fotos. Na segunda tínhamos estado a treinar uma sessão fotográfica. Ansiosa para as ver. Contudo, fui buscá-lo às três da tarde. Quando me viu ficou todo contente. O ambiente no berçário estava bastante calmo. Ele estava na espreguiçadeira entretido. Fomos às compras ao supermercado, e casa. Fartou-se de brincar. Tanto brincou que acabou por adormecer perto da hora de jantar. E claro, só voltou a dormir à meia-noite. Recebemos visitas em casa, esteve sempre animado, quem é que o ia parar? Esta manhã, à hora de levantar, estava a dormir como uma pedra.
Não coloquei no facebook que o meu filho estava doente. Não tirei fotos dele no hospital a beber soro. Não tirei foto dele com febre. Não comuniquei ao mundo que ele não podia ir ao berçário. Não anunciei que eu estava doente porque apanhei o que ele tinha, nem disse que o pai dele também ficou igual. Não disse que ele não consegue comer sólidos deste quinta sem querer vomitar. Não falei nas noites péssimas que temos tido. Porém, as pessoas mais importantes preocuparam-se e ligaram a saber. Ainda se escrevem cartas de amor.
Hoje publiquei uma foto do meu filho de oito meses no Instagram. Faz hoje. Depois perguntei-me: para quê? E apaguei.
Quando erro com alguém, não fico descansada enquanto não resolvo o assunto. De uma forma ou de outra, preciso de falar ou arrumar o assunto na minha cabeça. Se para isso preciso de pedir desculpa, faço-o. Recentemente, fui rude com uma pessoa. Injustamente, na minha opinião. Algo que só percebi mais tarde. Gosto de ter as gavetas organizadas e limpas. As tralhas acumuladas costumo deitar fora quando faço limpeza geral.
Costumo ser um espelho em relação à atitudes dos outros. Mas demoro, sou um espelho lento. Sou simpática quando são simpáticas comigo, sou simpática quando são rudes comigo, sou simpática quando são antipáticas, sou simpática quando me ignoram, sou simpática,... Excepto se acumulei alguma tralha. Diria, uma paciência elefântica. Um dia, da noite para o dia, deixo de ser simpática. Aliás, deixo de ser qualquer coisa porque deixo de aparecer. Se há coisa que detesto é gente que maltrata os outros por livre transito ou muda de atitude de um dia para o outro.
Aceito uma vez, duas vezes, sete vezes, mas quando acaba a papa doce, acaba mesmo. Depois existem aquelas pessoas que são como os nossos irmãos, podem fazer merda atrás de merda mas vamos estar lá sempre.
Não é a quantidade de pessoas que quer ser famosa, não é a quantidade de pessoas que faz de tudo para ter cinco minutos de fama, não é a quantidade de pessoas que vê e aplaude este tipo de programas, não é a quantidade de pessoas que vota e gasta dinheiro em telefonemas e aviões, não é a quantidade de pessoas que adora capas de revistas e polémicas, não é isso, o que me preocupa realmente é ver que uma grande parte da sociedade não se importar de ser usada, manipulada e explorada. Como marionetas. Usadas por homens, por audiências e donos de regras que nem eles mesmo aceitavam. Uma grande parte da sociedade não se importa de ter um guião para seguir de forma a servir de prato principal para os grande comilões da televisão. Não se importa de ver as suas famílias sofrerem, magoadas com as porcarias que escrevem nas revistas. E não me venham dizer que ninguém quer isso, porque com tantas edições do programa é difícil, digo impossível, alguém não saber o que vai acontecer quando a sua intimidade é exposta.
É estranha esta sociedade, serve de bonecos para um teatro com plateia cheia, com uma fotografia feia, banda sonora péssima e um final lavado em lixivia vezes e vezes sem conta.
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