Recebi este livro por correio enviado pelo autor Pedro Rui Sousa. Editado pela Chiado Editora. Assim que abri o embrulho e vi a capa fiquei cheia de vontade de o ler. Para além de gostar do título também gostei das cores desta capa. Ora vejam as fotos depois de ler a sinopse.
Sinopse
As dunas separavam a casa da aventura. Esculpidas pelo vento, pareciam reinventar-se todos os dias. Com o tempo, muito tempo, milhares de anos, podem solidificar. Pedras arenosas. Connosco o processo é inverso, cristalizamos antes de arejarmos o suficiente.
A primeira febre. Depois de fazer tudo o que estava ao meu alcance para descobrir o motivo de choro do Gustavo lembrei-me de tirar a febre. Podia ser. Tinha um bocadinho de febre, quase nada. A primeira febre. Uma aflição. Dei-lhe um Beneron. Consegui adormecê-lo dentro do sling. Quando o deitei na cama abriu os olhos. O dia todo assim. Um choro insuportável. Ele só se acalma ao colo. As minhas costas não agradecem.
Fui falar com uma senhora formada em aleitamento e ela disse-me que podia ser a mudança de rotina. Acertaram com os dois dias que saí à noite mas também não tem muita lógica porque no dia do casamento ele não reagiu assim. Já temos saído à noite e ele não fica desta forma. Pode ser tanta coisa. Excepto problemas com o meu leite. Sim, a minha mãe meteu logo hipótese de ser culpa do meu leite. Claroooooooooooo. Se eu pudesse passava nos anúncios televisivos informação sobre aleitamento materno. A malta anda a precisar.
Alguém disse ao Zé que a culpa do choro podia ser as gengivas a engrossar. Aconselharam-me a comprar um mordedor. Foi o que fiz depois de almoço mas ele nem gostou daquilo. Compra em vão. Pelo menos para já. O Zé continua achar que são as gengivas. Eu acho que é outra coisa qualquer mas nem ando perto de acertar. Cólicas, aposto nas cólicas. Quando tudo estava a ficar controlado o Gustavo deu-nos a volta. Nada se controla. Não vale a pena pensar nisso por longos meses.
Agora dorme sereno, com dois dedos na boca. Parece um pequeno anjo. Uma pessoa até se esquece do choro que ouviu quando o vê assim. Aliás, até parece mentira.
A outra novidade foi a mudança de fraldas para tamanho maior. Ele já tem mais de sete quilos, precisa de fraldas maiores. Felizmente acabamos quase todo o stock de fraldas da promoção 100 fraldas = 10 euros. Está um crescido. As costas, ai as minhas costas.
Preciso de uma bom dose de calma. E já agora de energia como aperitivo.
O workshop de costura aconteceu na quarta-feira dia 28 na loja Mama Minha em Alenquer.
Há alguns anos meti na cabeça que queria uma máquina de costura e aprender a costurar. É bom saber fazer alguma coisa. Nunca sabemos o que o futuro nos prepara. Ou a reforma. Digamos que ter uma segunda profissão pode salvar-nos em tempos dificeis, se é que me estou a explicar. Sempre quis aprender costura mas como tenho pouco jeito para as artes plásticas fui adiado o assunto. Até ao dia em que me apanho em casa sem muito para fazer de diferente e decido aceitar o desafio.
O workshop custou quinze euros (com material incluido), o objectivo era fazer um porta-chuchas com o formato de um rato. Gostei da experiencia. Fiquei a perceber que continuo sem jeito para trabalhos manuais. Nunca tinha mexido numa máquina mas pensava que seria mais fácil. Não é. Tem nomes esquisitos, achei tudo uma enorme confusão. A "professora" diz que com a prática vou começar a achar mais fácil. Como tudo na vida. Não desisti de comprar uma máquina mas quase. Estou balançada, admito. Comprar uma máquina e não dar uso é triste.
O Gustavo ficou com um porta-chuchas giro à primeira vista mas torto à segunda. Aquelas costuras estão do pior. Estou a pensar ir a mais workshops futuros e virar a rainha da agulha do tecido. Quem sabe.
Ficam algumas fotos para recordar.
O porta-chuchas rosa giro é da Maria Rita, feito pela sua mãe. Uma pessoa nasce ou não nasce para estas coisas. Conseguem ver a diferença?
Muito concentrada.
Escolher o tecido.
Uma tarde diferente, numa excelente companhia. Adorei.
Não sou menina de capas de telemóvel. Acho na sua maioria tudo piroso. Não gosto de coisas muito chamativas. Prefiro a discrição. Hoje descobri o site Miniinthebox. Tem preços muito bons, vendem para Portugal e não demoram muito tempo a entregar os acessórios. Acho que nos próximos três dias estão com promoções e ofertas.
Este POST escrito pelas mãos da m-M no blog Os contos da menina - Mulher (http://contosdameninamulher.blogs.sapo.pt/) chegou no momento certo. O Follow desta semana vai para ela em forma de agradecimento e porque gosto de a ler todos os dias.
Não ando a conseguir escrever nada por aqui. Culpa da falta de tempo. A Feira da Ascensão começou. Há que ir ali e acolá. O Gu anda mais inquieto. Não sei o que será. Dentes é cedo, não é? Agora faz birras enormes à noite. Quando digo enormes é mesmo enormes. Aflitivas. Mais um pouco e choro eu. O que é normal, agora choro marés de lágrimas. Por tudo e por nada.
Ir à Feira da Ascensão com um bebé não é papa doce. Principalmente durante a noite. Enquanto lá estive senti o estomago contraido. Fiz mil filmes na cabeça. Não volto a meter os pés com ele na Feira. É muito pequeno, sinto que não está protegido. Mesmo comigo e com o pai. Não sei explicar. Sou eu e os meus medos. É muita gente. Muito alcool. Não é de todo ambiente para bebés. De dia sim, de noite não.
Tenho aproveitado para estar com o pessoal. Descontrair para logo stressar com as birras do Gustavo e outros pormenores. Tem sido uma semana cheia. Desilusões regressam. Novas alegrias chegam. Um tudo e um nada. Enquanto abanava o carrinho do Gustavo, observava as pessoas a passear com copos de vodka e cerveja na mão, senti-me um ET. As pessoas continuam iguais, eu estou diferente. A minha vida mudou. Em reflexão, mais tarde, na cama, confirmei as suspeitas. Estou diferente mas não trocava a minha família por nada. Não são os copos que trazem felicidade a ninguém. Não são bebedeiras que levamos desta vida. Também, mas não só. Há tempo para tudo. É a família. Quantos não festejam hoje mas choram por estarem sozinhos sem ninguém para amar? Quantos não festejam hoje mas são mal amados? Quanto brincam com a vida, de festa em festa, mas não se sentem preenchidos no escuro do quarto? Olho para o sorriso do meu filho, sinto o coração cheio. Olho para nós enquanto família, sinto o coração cheio. Tudo na vida tem o outro lado da moeda. Eu escolhi este. Não posso divertir-me da mesma maneira, divirto-me de outra. Um dia, tudo se compõe.
Tantas perguntas. Tantas mudanças. Todos chegamos. Ou quase todos. Cada um a seu tempo. O meu é agora.
Deixei o livro A Fúria dos Reis um bocadinho de lado para agarrar-me ao último livro da Isabel Allende. O Jogo de Ripper. Adoro a capa e o título. Depois da entrevista que a autora deu à TVI não descansei até comprar o livro. É uma história diferente do que ela tem escrito. Estou a gostar imenso. A Isabel Allende é uma autora reconfortante. Traz-me boas sensações. Traz-me um abraço amigo, uma paz na alma que alguns escritores nao conseguem. Isabel Allende é como uma amiga de longa data. Li quase tudo dela e gostei. Uns mais que outros.
Este Jogo de Ripper é envolto em mistério. Sabem aqueles livros que nao dá vontade de parar de ler? Com personagens bem construidos, um enredo interessante e uma escrita maravilhosa? Este livro é assim.