A minha mãe é a pessoa mais importante da minha vida. A ela nunca irei querer desiludir. O resto não me interessa. E quero lá saber que alguém não entenda. Porque nunca vou conseguir explicar. Podia tentar, podia escrever dias sem fim sobre ela e mesmo assim ninguém ficaria a perceber. A minha mãe é tudo para mim.
Mesmo tudo. Não é aquele tudo que costumam usar por aí. É tudo! De verdade.
Ela vivia no campo cheio de flores secas. Sem vento. Cada vez que olhava para o céu via um pássaro grande e belo. E todos os dias era a mesma coisa. Tudo chato. Só o pássaro. Um dia decidiu seguir aquele pássaro que a chamava e não aguentou a corrida. Deixou-se ficar sentada perto de um banco velho de ferro. Cansada. Olhou para os seus sapatos pretos que teimavam em prendê-la ao mesmo chão. Eram demasiado apertados. Soltou uma gargalhada e ali percebeu o sentido de tudo o que desconhecia. Existiam obstáculos que a impediam de correr. Tinha a decisão de se descalçar. Foi o que fez. E correu, correu, correu, correu,...
Nunca mais quis saber dos sapatos pretos. Hoje é feliz. Debaixo de um limoeiro.
A árvore está iluminada ao canto da sala. A Daniela já pede as prendas. Nenucos ou patins da Hello Kitty. A minha mãe já mudou os lenços para aqueles térmicos. Eu começo a pensar nas próximas compras. O Sporting empatou. O Benfica não ganhou. Passei a beber chocolate quente. Comprei um grande casaco de malha cinza. Uso dois pares de leggings. A Marta já comprou a minha prenda e tinha de me contar para eu ficar a morrer de curiosidade.
São estas pequenas coisas que me fazem lembrar o Natal. Gosto do Natal.
Posso dizer que não me custa não te encontrar no meu caminho para casa. Não encontro mas procuro na mesma. Posso mentir com todas as minhas forças. Mentir é fácil, manter a mentira não. Aliás, não preciso de ti. Digo-me dezenas de vezes. Dezenas de vezes. E assim me vou enganando. Um engano que nem me custa assim tanto. Uma pequena saudade, transformada em alegria. E não há palavras, não há vozes, não há mãos. Metade do dia, consigo superar. Um dia inteiro também. Dois dias, nem eu, muito menos tu. Digo eu, por orgulho. Nem nós. A verdade é essa. Dois dias é o limite, sim? Só te deixo estar dois dias sem mim. Sem o pouco que te posso dar. Que te dou. Tu dizes que é muito. Que até é. Posso fechar os olhos e procurar outras imagens. Posso tantas coisas para te tirar da minha vida. Posso, claro que posso. E não há esperas, nem tu, nem nada. Tu vais saindo aos poucos e eu deixo. Faço força e tudo, se for preciso. Tapando o que sobra de um terço com coisas nossas. Sei que mesmo te mandando embora, tu estás lá fora à minha espera. Eu sei, tu sabes mas não devias. É esse saber que me faz continuar e isso não sabias tu.
Sabes quantos dias dura a felicidade? Eu digo. Dura uma madrugada.
Esta semana temos uma pergunta gira. Tão gira que aposto que vamos ter boas respostas. Sim! Os meus leitores são bons nesta coisas das perguntas da semana. Cá vai.
Susan Boyle, a quase vencedora de Britain's Got Talent lançou o seu primeiro CD. Maravilhoso, ma-ra-vi-lho-so! Aquela voz, aquelas músicas. Este é um exemplo de esperança, talento e sonhos realizados. Arrepia-me cada vez que a oiço. Emociona-me cada vez que me lembro da sua humildade. De todo o meu coração espero que esta senhora seja muito feliz.
"Uma rapariga começa a ter uma vida difícil muito cedo. Sobretudo quando tudo dura pouco tempo. Sem a invisível protecção do pai, dos anjos ou de deus ninguém sabe o que se pode, não se pode nada. Por isso, com a alma aflita, uma rapariga procura sentimentos recíprocos. Em muitos sítios onde não devia, em que já sabe que não vai encontrar nada de jeito, porque os vícios colam-se às pessoas quaisquer que elas sejam, más ou boas. E depois é tarde e uma rapariga é um ser volátil que se queima."
do livro Nos Teus Braços Morreríamos
O Pedro paixão sabe mais de mim do que ele imagina. Nem sequer me conhece. Só que um dia deu-lhe para escrever sobre mim e para mim. Eu é que não sabia, só fiquei a saber há vinte minutos. É que sou eu, não sou?
Acabei o trabalho muito antes da hora marcada, estou contente. Estou agradecida a quem me ajudou. Cigana da minha vida, estás cá dentro. João és um querido. Leitores que me deram dicas o meu muito obrigada.
Isto é uma sensação mesmo boa. Quase tão boa como comprar um par de sapatos novos. Querem um conselho de borla? Não deixem os trabalhos para a ultima hora.
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