Descobri um blogue fantástico. Assim como a sua autora. Faz peças maravilhosas, assim como estas que comprei. Escolhi as cores que quis, o tamanho, personalizei à minha maneira. Chegou pelo correio, embrulhadas num papel mesmo delicado e com lacinhos. Peças originais e unicas. Como se quer. Eu aconselho a visitarem e claro a comprar. Vale mesmo mesmo mesmo a pena!
Levei o livro do José Couto Nogueira para o próprio autografar. Levantei-me da cadeira uma dezena de vezes na tentativa de chegar ao escritor. Em vão. Como era a ultima aula, os alunos aproveitaram para levar os livros com o mesmo objectivo. Um autografo. Só pedia para o escritor não me perguntar se estava a gostar do livro.
"Só espero que não me pergunte se estou a gosta do livro." disse à Andreia.
"Porquê?".
"Porque estou a gostar mesmo e ele não vai acreditar. É daquelas perguntas que não devem ser feitas. Ninguém vai dizer que acha o livro mau, mesmo que ache. Mas eu juro que estou a gostar."
A Teresa arranjou logo solução.
"Chegas ao pé dele e dizes para ele esquecer tudo o que os outros lhe disseram acerca do livro, que tu vais ser verdadeiramente sincera. Que estás a adorar mesmo a sério. Mesmo, mesmo."
Só ela para se lembrar disto.
Aproveitei o intervalo, pedi o meu autografo e José Couto Nogueira perguntou se estava a gostar da sua obra. Eu respondi que sim. E pronto. Isso já ele ouviu dezenas de vezes, fui só mais uma e tenho quase quase quase a certeza que não acreditou em mim. Mas juro que estou a adorar. Juro. É daquelas obras que todos deveriam ler.
Odeio quando quero exprimir alguma coisa e sou vulgar. A vulgaridade não é credivel. Infelizmente.
(este post foi publicado no blogue do escritor JCN)
Ele observava, atento, cada gesto meu. Eu olhava a minha imagem reflectiva no espelho lá de casa. Ora base, blush , lápis preto e rímel. Não queria exagerar, seria uma maquilhagem leve e fresquinha. Assim como o meu vestido.
Acabei.
- Não se nota diferença nenhuma. - disse-me.
- Desculpa? Não se nota?!
- Não.
- É uma maquilhagem leve, estilo natural.
- Se é ao estilo natural porquê que te pintas? Não podes ir mesmo natural? Ou seja, sem maquilhagem?
- Não! Assim fico melhor.
- Discordo. Aprecio muito a essência do natural. Se vieste ao mundo sem maquilhagem porquê que precisas de a usar?
- Hum... gostas então de mim no estado mais natural possível. Certo?
- É assim que tem de ser. Não tem lógica todas essas alterações. Gosto da minha mulher naturalmente.
- Tudo bem, assim poupas-me MUITO trabalho. Se é assim que queres, é assim que vais ter.
- Ah?
- Sim, sim! A partir de agora não há depilação para ninguém. Queres natural, vais ter natural. Ah e depois não te queixes, caso percas a tesão... naturalmente!
Sinceridade é uma arte, cautela no que se diz também!
O namorado acha que ando sempre a inventar. Pois, tem razão. É que não paro e gosto da novidade a pairar a minha vida. Para além de andar sempre a magicar isto ou aquilo, sou uma pessoa extremamente ansiosa. É raro o momento que sinto paz invadir-me a alma e o raio da cabeça. É tão raro como milhões na minha conta bancária. Como sapatos Louboutin no meu armário. Só que busco o sossego, para dar sossego aos outros. Será culpa da idade ou simplesmente sou eu que vivo num exagero total? Ambas. Conhecem aquela sensação esquisita no estômago juntamente com um vazio e um turbilhão de pensamentos? Digam que sim, para não ser a única. Ora bem, fiz as minhas pesquisas e descobri a cura. Verdade verdadeira, seus mau feitio! Vou revelar a cura do milénio, a salvação para corações rachados tal cana seca, o segredo mais bem guardado dos deuses e fadas madrinhas.
YOGA! Juro que não estou a brincar, lá seria capaz de vos fazer isso. Basta quinze minutinhos por dia e é ver-me mais calma, a meter os gritos de lado mantendo os pratos a salvo no armário. Aquela coisa da respiração afasta as más energias e ajuda a controlar o sistema nervoso.
Tenho aprendido umas técnicas jeitosas para começar a ser homem por dentro, sem emoções. Uma autentica pedra. Uma poço vazio. Easy, aconselho a todos. E não é necessário gastar dinheirinho, comprei uns livros, uns DVD. Dentro de meses serei a próxima Madre Cláudia de Portugal com tiques Zézé Camarinha.
Juntem uma grande dose de sexo e os vossos problemas deixarão de existir. Fé, muita fé. Amén.
achamos que podemos mudar os homens. Coitadas de nós que lutamos diariamente por isso. Esqueçam, não vale a pena. Não mudam, nem que as ovelhas desatem para aí a tossir. Podemos convecê-los a deixar de usar aqueles chinelos bimbos, ou trocar de perfume, nada mais do que isso.
O segundo,
vivemos na expectativa a vida inteira, que nos supreendam, nos entendam, nos façam sentir unicas e maravilhosas por tudo e por nada. Acreditem que os homens não agem, só reagem. Caso contrario é só porque alguém os obrigou a tal. Obrigado? Ninguém quer nada obrigado. Portanto, vais vale sermos nós a criar esse tipo de coisas. Sempre evita lágrimas e cabeças nas paredes até fazer sangue.
O terceiro,
quando vamos viver com o parceiro queremos que ele não seja só uma ajuda mas um parceiro para todas as situações. Não vale a pena, eles só fazem alguma coisa para não nos verem chateadas, o util e o essencial. Sempre ganham tempo em frente a televisão.
O quarto,
acreditamos piamente que há casais felizes e casados durante anos. Pensamos, mas só sabe quem lá está. Estar casado durante anos não é fácil. Se namorar já o é, imaginem casar.
O quinto,
achamos que é o fim do Mundo quando a relação termina. Mentira! Ninguém morre por amor. Há que levantar a cabeça e não esperar que o tempo cure as feridas. Há que lutar diariamente para aumentar o auto-estima, o bem-estar. Só assim vamos encontrar novamente o amor. Pode não ser igual, porque não é. Nada é igual, normalmente tem tendência a melhorar porque aprende-se com os erros. Pelo menos deveria ser assim, não é?
O sexto,
queremos a perfeição que não existe. Está tudo dito! Não existe, excusam de procurar. Boa?
Este email chegou ontem. Vindo de alguém que admiro. O Bento que já tem o seu primeiro livro publicado com um conto. Texto esse que já publiquei aqui e é inspirado na minha pessoa. Deixa-me babada, confesso. Pois nunca ninguém tinha escrito "para mim", tenho sido sempre eu a fazê-lo. Neste email, explica o motivo de ter escrito o conto para além de me fazer corar com tanta coisa boa que diz. Uma pessoa não está habituada! O meu exemplar já chegou e o "meu conto" está na página 89. E foi tão bom ler umas vinte vezes seguidas.
"O teu conto surgiu de uma necessidade absoluta de reconhecer que estava perante uma pessoa inteligente e forte, com a qual, eu me tinha "armado em esperto"... A qualidade da tua resposta salvou uma "relação" que acabou por dar frutos. Com efeito, se no conto eu transmitia que te estava a ver ganhar asas, hoje, a esta distância, é com muito agrado que vejo que voas na perfeição...Onde estarás daqui a três anos? Não sei...sei que continuarás com a mesma vontade férrea de mais e melhor e de ter aquilo que é teu por direito. Apraz-me ver que não te satisfazes com o vulgar, que não aceitas passivamente que as coisas não aconteçam. Tu berras, esperneias, protestas, "gritas para todo mundo ouvir" e , pouco a pouco, chegas lá..e tens conseguido chegar lá...Digo com muita sinceridade: analisando os teus textos de hoje (a nível de personalidade) há uma diferença abissal das primeiras vezes que te li. Quanto à parte literária...sempre achei que escrevias muito bem e que qualquer dia publicarias....agora que frequentas a escrita criativa, o salto qualitativo foi ainda maior. Não tenho dúvida de que, no médio prazo, estarei no lançamento do TEU livro...quanto ao resto.....pois é bom ver que continuas a fazer crónicas e a insurgir-te com coisas que, por vezes, no passam ao largo...
Obrigado pela amabilidade . Sei que nos veremos em breve...na apresentação do teu projecto literário
Bento"
Obrigada Bento, são pequenos gestos que me fazem sentir compreendida e saber que alguém acredita em mim. Este é um grande exemplo.