O Destino anda por cá?
Existisse o Destino e ele estaria no alto do Universo a jogar ao xadrez com a vida das pessoas. Seria mais ou menos assim.
Chamo-me Inês. Perdi o meu emprego porque cheguei atrasada devido a um enorme acidente na auto-estrada. O meu patrão nesse dia estava de mau humor e eu paguei as favas. Despedida sem grande justificação. Regressei a casa. Fui multada por excesso de velocidade. Para animar o meu dia decidi ir beber um copo com as amigas a uma discoteca conhecida. Enquanto dançava, reparei num cartão no chão. Apanhei-o.
O Telmo teve de ir comprar o jantar, enquanto esperava a pizza reencontrou a Patrícia que lhe fez um convite. "bora à Lux, logo". Jantou. Depois de vestir as melhores calças de ganga, foi ao encontro da amiga. A discoteca estava cheia, uma confusão. Não viu a Patrícia. Foi buscar uma bebida.
A meio da noite, eis que o Destino do alto do Universo decide brincar de casalinhos, antes tivera a brincar de contratempos. Ela é engraçada, ele está a sofrer devido a uma paixão derrotada, pensou o Destino.
- Andas à procura de um cartão?
- Sim.
- Acho que o encontrei.
(apaixonam-se, mais dia menos dia)
Se o Destino existisse a vida seria vista desta maneira. Éramos bonecos comandados por um Senhor qualquer vestido de preto ou lilás a jogar xadrez. Que nos fazia perder o emprego, nos dava acidentes e um convite para encontrarmos o amor numa noite. Seria assim, tudo cinéfilo.
O Destino não existe, mas nada acontece por acaso.